domingo, 30 de janeiro de 2011

Favelas Senzalas Contemporâneas

      Pelas poesias dos nomes de favelas, a vida por lá já foi mais bela, ou a vida por lá muda ou então muda o nome dela.
      As águas não correm na cachoeirinha;
      O menino na mangueira não pega mas mangas;
      No morro dos prazeres não se sente prazer ao viver;
      No canta galo o galo não pode canta com medo da bala perdida;
      A rocinha virou cidade grande;
      No adeus ninguém se despede pois não se tem moradia;
      E por que isso senhores? a resposta é simples, o Estado criou as senzalas contemporâneas(as favelas).A historicidade das favelas é mais cruel do que pensamos ou sabemos, temos exemplos antigos como chacina de vigário geral e a farsa que a globo juntamente com nossos governantes criaram que foi a tomada do complexo do alemão com mortes quase zero, quando conversei com moradores e pude entrar na comunidade ouvi histórias de que existia dezenas de corpos na mata e também chegou ao meu conhecimento de que os policiais fizeram um cemitério clandestino para esconder os corpos, pois é senhores isso não chega ao seu aparelho televisor, mas vamos nos ater à outro problema.
       Esse sistema capitalista é desigual, cruel e desumano, e os porcos imperialistascontinuam querendo nos manter encarcerados, isso tudo porque nossas políticas de segurança pública é propositalmente falha. E como cidadão afro-sulamericano conhecendo a história de construção e transformações de meu país e acima de tudo por ser humano tenho a obrigatoriedade de fazer essa critíca, na verdade é mas um desabafo, pelo descaso que os nossos governantes tem para com as favelas. Para eles as favelas servem apenas para quantitativo de votos e após as eleições elas se tornam: estatística de tráfico de drogas, índice de roubos e margem de aumento ou diminuição da criminalidade do estado.
       Quando temos as operações nas favelas, os "homens da lei" ao invés de propagarema paz e a tranquilidade, espalham o terror e o medoaos cidadãos de bem, alguém esqueceu de avisá-los de que nas favelas não existe apenas traficantes, ladrões e viciados, além deles tem gente de bem trabalhadores que pegam o trem das quatro horas da manhã e ainda vão em pé no trem.
       Em 2004, em entrevista a revista Época, o juiz da primeira vara da infância do Rio de janeiro, Siro Darlan disse o seguinte: "Cazuza usou drogas, traficou e é considerado um rebelde, um poeta sensível, um artista, um super-herói. Se ele fosse pretinho e morasse no morro, seria um bandido e teria sido preso". A frase fala por si só.
       Bem senhores fomos subtraídos socialmente e não fizemos nada para mudar esse cenário.
Um forte abraço, e saudações socialista

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